Predestinação

Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos de Deus, peregrinos dispersos no Ponto, na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia e na Bitínia, escolhidos de acordo com a pré-conhecimento de Deus Pai, pela obra santificadora do Espírito, para a obediência a Jesus Cristo e a aspersão do seu sangue: Graça e paz lhes sejam multiplicadas. – 1 Pedro 1:1-2

A questão da eleição, ou predestinação, é um dos assuntos mais controversos nas Escrituras, embora constem diversas passagens sobre o tema, é algo que os teólogos nunca chegaram a um consenso. Acreditam uns que Deus escolheu as pessoas e em decorrência disso elas se aproximam dEle, ou que Ele previu aquelas que futuramente iriam estar sensíveis à sua voz e então as elegeu como herdeiras da sua herança.

Embora não seja simples reduzirmos o problema a algo tão simplista assim, até porque de ambas as perspectivas decorrem diversas implicações de caráter sério, como por exemplo a previsibilidade acerca dos desastres naturais, das pessoas que caminham para o inferno, algo é certo, Deus conhece quem é seu filho, afinal, qual o Pai não reconhece sua criança, pois possui seu próprio DNA, marcas características físicas e psicológicas que identificam um com o outro.

De uma coisa podemos ter certeza, ao invés de adotarmos uma postura fatalista de assumirmos a nossa pretensa eleição, e “descansarmos” sem nada fazer em favor dos outros que estão se perdendo, ou a suposta condição de perdidos, “não eleitos”, e chutarmos o pau da barraca, nos afastando ainda mais de Deus, somos desafiados dia a dia a tomarmos nós a decisão de seguir a Deus, “escolhermos” ser eleitos de Deus pois embora a predestinação seja uma doutrina bíblica, ela não afasta a nossa responsabilidade pessoal por nossos atos e escolhas, outra verdade bíblica.

Não é a toa, portanto, que em diversas passagens somos ordenados – isso mesmo, a buscar a santificação (Hebreus 12:4), a desenvolver a nossa salvação (Filipenses 2:12), etc. Aquilo que fazemos, como recém lemos no texto de Tiago, demonstra a fé invisível que age em nosso interior, porque fé sem obras é morta, fé que é apenas teoria é superstição. Como disse Jesus, somos conhecidos pelos frutos que produzimos, frutos correspondentes a comportamentos de pessoas que se arrependeram e se converteram ao Senhor, ou ao contrário, de pessoas que caminham a passos largos para longe de Deus, para o inferno.