Pensamento do dia 2

Recentemente vi umas fotos no Orkut de alguns amigos tiradas durante o carnaval. Entristeceu-me o fato das fotos terem sido tiradas não em algum retiro espiritual, viagem, ou qualquer outra coisa ou lugar que não onde estavam, que era no meio de blocos de carnaval. Mas por que entristeci-me?

Penso que carnaval não é adequado para um cristão porque nessa festa e nesse período, nesse ambiente, são exaltados todos os valores que a sociedade sem Deus em que vivemos prega, ou seja, relacionamentos promíscuos e superficiais, forte conotação sexual em tudo que diz respeito a essa festa, músicas com letras e danças sensuais, imorais ou depreciativas do ser humano, abuso de drogas, tanto aceitáveis socialmente como o álcool, como as legalmente proibidas, subterfúgios fugazes para a tristeza que domina a alma humana do folião ali presente. A Palavra de Deus diz que quer comamos, quer bebamos ou façamos qualquer outra coisa, devemos em tudo honrar e glorificar a Deus, então será que um cristão, seja no meio do bloco na avenida, seja até em cima do trio como alguns artistas se afirmam ser, estão honrando e glorificando a Deus com suas músicas, com aquilo que promovem e participam?

Não vou nem entrar no mérito de supostos "blocos evangélicos" de carnavais, como o de Carla Perez, ou de festas tipo "marcha para Jesus", que para mim são carnavais "disfarçados", se é que querem disfarçar alguma coisa…

Também cabe aqui avaliar a nossa postura enquanto cristão, se decidimos enfrentar essa situação promovendo ações evangelísticas, saqueando o inferno, ao pregar durante o carnaval, nos corredores de saída dos foliões, por exemplo, ou nos retirarmos para um local em acampamentos religiosos, onde rolam biquínis de tamanho igual ou menor ao das foliãs do bloco, como bem lembrado por minha sogra, ou palavrões e brigas durante futebol ou outro esporte.

Deus nos faça repensar nosso cristianismo.

Pensamento do dia

Segue abaixo uma charge do Dilbert que reflete o meu pensamento do dia para hoje.

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Tradução livre:

1º quadro

Dilbert: Evolução deve ser verdade porque é uma conclusão lógica do método científico.

2º quadro

Dogbert: Mas ciência é baseada na crença irracional de que porque não podemos perceber a realidade toda num mesmo instante, coisas chamadas "tempo" e "causa e consequencia" existem.

3º quadro

Dilbert: Foi isso o que me ensinaram e é nisso que eu acredito.

Dogbert: Parece superstição.

Meu pensamento do dia, baseado na charge acima, é que a ciência, apesar de experimentável, observável, descritível e repetível, não passa muitas vezes de superstição, ou seja, é tão fruto de crença pessoal como qualquer fé religiosa.

Nesse sentido, penso que muitos cientistas, ao formularem suas hipóteses, teoremas e filosofações a respeito de algo que não entendem bem ainda, partem do princípio e a princípio de algo que creem estar certo, ser verdade, ainda que não consigam explicar direito, e ainda que futuramente venha-se a descobrir que a história não era bem aquela.

Além disso, mudando um pouco o enfoque, creio que até para ser ateu a pessoa tem que crer piamente em algo que não pode provar, a inexistência de um deus, e isso demanda uma "fé" que não deixa de ser uma demonstração de religiosidade ou superstição dessa pessoa.

Bom fim de semana e Deus nos abençoe.

Ódio

Tem uma música que Fagner canta que gosto muito que se chama Fanatismo, cuja autora é a poetisa portuguesa Florbela Espanca.

Mas não é sobre a música que eu vim falar, mas de outro poema de Florbela Espanca que eu li em um livro seu. O nome do livro é Sonetos, e o nome do poema é Ódio. Segue abaixo.

Ódio

A Aurora Aboim

Ódio por ele? Não… Se o amei tanto,
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida assim roubei todo o encanto…

Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Como um soturno e enorme Campo Santo!

Ah! Nunca mais amá-lo é já bastante!
Quero senti-lo doutra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!

Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda.
Ódio por ele? Não… não vale a pena.

Autora: Florbela Espanca

Lembrei-me de uma pregação que ouvi já há tantos anos, em um acampamento da Igreja Betesda Aldeota, quando uma pessoa falou que o contrário de amor não é ódio, mas indiferença.

De fato, se assim é, à luz do poema acima, ódio não deixa de ser a outra face de uma moeda que também contem o amor.

O ódio é um desamor, mas não chega a se opor ao amor, apesar do maltratar, do sentir negativista.

Ser indiferente sim…

Esse poema fala ao meu coração sobre o perdão, sobre liberar graça na vida de alguém que porventura nos tenha desprezado, sobre inclusive saber ser feliz com a felicidade alheia, ainda que seja alguém que você um dia amou, aliás, talvez por essa mesma razão não se deva odiá-lo, ou ter raiva dele ou dela, sabendo que essa pessoa decidiu não estar mais com você, e quem sabe até o que tenha lhe proporcionado, as dores que tenha trazido sobre sua vida.

Agir na contramão do esperado, nesse caso, pode ser através da indiferença, talvez, mas principalmente tratando-se com respeito e dignidade, quando até não "bem" mesmo essa pessoa… amontoará certamente brasas vivas sobre sua cabeça, como diria Jesus, ou em bom e simples português, trará um enorme incômodo e desconforto a ela, principalmente quando ela admitir para si mesmo que eu, você, qualquer pessoa que foi prejudicada estaríamos no nosso direito de agir com o ódio razoável e proporcional.

Pensamento do dia

"Se o nosso amor ao próximo deve ser incondicional, por se tratar de uma decisão e das ações que poem em prática e dão sustentação ao verbo amar, o sentimento que temos em direção a outras pessoas, este sim é condicional, pois não podemos apagar decepções, erros e mágoas do passado, especialmente se perpetuadas no presente e futuro, visto que nem mesmo as boas ações esporádicas tem o poder de varrer para debaixo do tapete, ou para fora da soleira da porta dos nossos corações tudo que de ruim já foi vivido.

Perdoar não significa esquecer, e sim afrouxar as nossas mãos do pescoço de quem decidimos, por graça, não trazer mais à memória o que fez. A restauração de relacionamentos só vem, e quando vem, após o completo arrependimento, que significa a mudança de mentalidade e comportamento, do caminho a trilhar e de como iremos fazê-lo." Eliade Filho

Pensamento do dia

Estou perto de terminar de ler o livro "A Cabana", de William P. Young, e li mais umas coisas interessantes. Segue abaixo (pgs. 166 e 168):

"Falando de modo simples, religião, política e economia são ferramentas terríveis que muitos usam para sustentar suas ilusões de segurança e controle. As pessoas têm medo da incerteza, do futuro. Essas instituições, essas estruturas e ideologias são um esforço inútil de criar algum sentimento de certeza e segurança onde nada disso existe. É tudo falso! Os sistemas não podem oferecer segurança, só eu posso."

[…]

"As instituições, as ideologias e todos os esforços vãos e inúteis da humanidade estão em toda parte e é impossível deixar de interagir com tudo isso. Mas eu posso lhe dar liberdade para superar qualquer sistema de poder em que você se encontre, seja ele religioso, econômico, social ou político. Você terá uma liberdade cada vez maior de estar dentro ou fora de todos os tipos de sistemas e de se mover livremente entre eles. Juntos, você e eu podemos estar dentro do sistema e não fazer parte dele." personagem Jesus.

Muito me lembraram esses trechos da palavra de Jesus em João 17:15 "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal", e ainda a ênfase que o próprio Mestre dava em afirmar que o seu reino não era/é deste mundo.

Concluo esse post desejando um ótimo final de semana a todos, na benção do Pai, na companhia do Espírito Santo, e na paz de Cristo, recordando que:

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:32

"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6

Pensamento do dia 2: liberdade

Estou lendo um livro chamado "A Cabana", de William P. Young, ed. Sextante, e vi um trecho que achei interessantíssimo falando sobre o conceito de liberdade. Antes de falar qualquer outra coisa, ei-lo abaixo (pg. 85):

"Se você quiser ir só um pouquinho mais fundo, poderíamos falar sobre a natureza da própria liberdade. Será que liberdade significa que você tem permissão para fazer o que quer? Ou poderíamos falar sobre tudo que limita a sua liberdade. A herança genética de sua família, seu DNA específico, seu metabolismo, as questões quânticas que acontecem num nível subatômico onde só eu sou a observadora sempre presente. Existem as doenças de sua alma que o inibem e amarram, as influências sociais externas, os hábitos que criaram elos e caminhos sinápticos no seu cérebro. E há os anúncios, as propagandas e os paradigmas. Diante dessa confluência de inibidores multifacetados – ela suspirou -, o que é de fato a liberdade?" personagem Papai, ou melhor Deus, falando para outro personagem sobre liberdade.

De fato, com tantos fatores intrínsecos e extrínsecos à nossa natureza, não há o que dizermos sobre a suposta liberdade da qual desfrutaríamos se a possuíssemos. O livre-arbítrio conceitual e filosoficamente ideal é utópico pois sugere que nossa liberdade pode ir ao encontro da liberdade de outrem e vencer, passar por cima, o que por si só já seria um paradoxo.

Mais ainda, o conceito de livre-arbítrio não é uma verdade absoluta pois nada que o homem possa clamar como sendo sua liberdade, seja por direito humano natural, ou garantia constitucional do direito positivo, ou outra razão qualquer, pode ir contra a natureza de Deus, a sua vontade soberana e ativa na história, e aliás, contra a própria história em si, passada, pois não há mais como se mudar o que já aconteceu, o futuro, no sentido de que não sabemos o que virá adiante de nós, e mesmo o presente, já que não controlamos as infinitas variáveis que nos cercam e regem as leis do caos deste mundo da qual somos apenas uma fagulha, um grão de poeira.

Não penso nisso em um aspecto negativo, como alguém que está preso numa roda cármica, ou num aquário, ou mesmo programado como um robô. Não. Deus nos dá uma liberdade protegida, como um pai com um filho pequeno, que o tem sempre por perto para sua própria tranquilidade. Aliás, é justamente quando queremos ser o peixe que pula fora do rio para terra seca, ou seja, quando tentamos fugir à nossa própria natureza, imagem e semelhança da de Deus, ainda que em menor escala, é que sucumbimos a essa pretensa liberdade, morremos aprisionados por guilhões que julgamos ser libertários.

O que liberta verdadeiramente? Seria o pecado que te aprisiona, já que você perde o poder de escolha, não tem mais controle sobre seu próprio corpo e pensamentos, ou a vida eterna que Jesus Cristo já nos deu ao oferecer-se por nós na cruz do calvário, que nos leva para junto de si, como uma criança pequena perdida em meio a uma multidão que novamente retorna para os braços do Pai?

Concluindo, e lembrando da promessa bíblica que diz "se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8:36), peço a Deus que, a começar de mim, nos ajude a pensarmos verdadeiramente no sentido de liberdade, vivendo a liberdade responsável a que temos direito, e confiando no Pai, pois sabemos que é nEle que nossa liberdade é experimentada em sua plenitude.

Deus nos abençoe.

Pensamento do dia

O pensamento do dia de hoje é um pouco machista mas achei legal. O "autor" é o personagem Dilbert, do cartunista Scott Adams, e essa frase vem da tirinha de 10 de setembro de 2006, que pode ser vista em http://www.dilbert.com/strips/comic/2006-09-10/.

"Sucesso é o alegre sentimento que você tem entre a hora que você faz alguma coisa e a hora que você fala a uma mulher o que você fez." Dilbert