Minha viagem para Fortaleza esse final de ano foi bastante diferente das últimas edições.
Começou por eu ter ido antes do período que costumo ir. Normalmente vou na última semana do ano, e aproveito para passar o natal e o ano novo lá. Esse ano, por causa do casamento de um amigo no dia 21, fui obrigado a ir antes do natal, o que me impediu de ficar até o ano novo.
Continuando, entrei no avião que vinha de São Paulo, creio eu, para Fortaleza, e sentei-me à frente de um cara que tinha sido meu colega no segundo grau, tantos anos atrás. O nome dele não tenho certeza, mas acho que é Gustavo. Falei com ele, acho que me reconheceu, embora dificilmente tenha se lembrado do meu nome. É perdoável, visto que, embora da mesma sala, não éramos do mesmo grupo de amigos, e meu nome também não é fácil. Aliás, eu mudei tanto, penso, que fiquei até surpreso por ele ter me reconhecido.
Cheguei em Fortaleza e passei muito tempo com minha família. Primeiro com Léo e Cynthia, que foram me pegar no aeroporto, depois com mamãe, papai, Heliú e outros. É difícil conciliar tantas programações, especialmente considerando que sou filho de pais separados que não "se bicam", e por isso acabei fazendo a mesma coisa repetidas vezes com ambos.
Fiz meu circuito gastronômico praticamente completo, ou seja, comi um filé de peixe ao molho de camarões no Colher de Pau, um feijão verde no Docentes e Decentes, uma tapioca nas tapioqueiras… Mamãe também comprou minha pipoca de isopor salgada, que não vende aqui em Salvador. Pena que o armazém onde eu costumava comprar em quantidade fechou aí me resignei com o que ela me comprou, que não foi muito.
Também saí um bocado. Fui ao Iguatemi algumas vezes, cinema duas vezes, ver casas (diversão garantida, para mim pelo menos), Sputnik, pena que não consegui ir ao Dragão do Mar, nem ver a banda cover dos Beatles, que sempre gosto de ver.
O que eu senti falta, infelizmente, foi dos meus amigos esse fim de ano. Tirando família, que também considero amigos, e namorada, meus três melhores amigos estavam viajando, aí não pude vê-los. Também tive pouco tempo para visitar outros amigos que gostaria de ter visto e que não consegui.
Quase concluindo, fiquei triste em constatar o abandono que Fortaleza está vivendo. Gasta-se (leia-se, a prefeita Luiziane) três milhões em shows para o ano novo e a cidade está enterrada em lixo, as ruas esburacadas, a violência que eu mesmo presenciei, em choque, como dura realidade que me lembra que minha bela cidade não é mais tão bela como prega a administração pública, e está um pouco mais próxima, infelizmente, da dura realidade da Salvador que moro, em diversos aspectos.
O natal em si foi meio fraco, aliás, meio não, todo fraco mesmo. Talvez por eu estar “assistindo” tudo pelo telão do lado de fora da igreja, que estava lotada, ou ainda por eu não gostar muito desse período, prefiro o ano novo.
Ontem voltamos, Sarinha e eu, para Salvador. Chegamos por volta de duas e meia, e já estou desde cedo aqui no trabalho, tentando produzir alguma coisa, zumbi do sono que estou. E ainda um cisco no olho me perturba desde ontem… Peguei meu carrinho que estava no conserto, e tirei um pouco das "saudades", se é que posso dizer isso de pegar trânsito…
Agradeço a Deus por tudo que passei em Fortaleza, e espero voltar em breve, se Ele assim permitir.
Deixa-me ir nessa, tentar me manter acordado pelas próximas horas até eu ir embora pelo menos.